terça-feira, 15 de setembro de 2009

A História do Teatro - Parte 3 / O Teatro Romano

Senta que a História é toda prosa....




A História do Teatro Parte 3



O TEATRO ROMANO


A Sociedade Romana:

A Vida Familiar Romana

A família romana estava sob a absoluta autoridade de seu chefe, o pater familias, cuja influência só cessava com a morte. Era ao mesmo tempo o juiz de todas as questões domésticas, o sacerdote do culto do lar e o único senhor do patrimônio familiar. A mulher casada possuía, contudo, uma situação bem melhor do que a da mulher grega; era consultada freqüentemente sobre diversos assuntos, podia sair em visitas e participar das diversões públicas. Casada geralmente muito cedo e nas classes superiores tinha um aspecto comedido e austero. A matrona romana era, por assim dizer, um símbolo dos antigos costumes (mores maiorum).

A Religião Romana

A religião romana era essencialmente politeísta: admitia divindades dos rios, dos bosques, do fogo, dos caminhos, etc. O antropomorfismo, a princípio pouco desenvolvido, depois do contato com os gregos tornou-se cada vez mais acentuado, pois, além da forma humana atribuída aos grandes deuses, manifestou-se ainda pelo culto dos antepassados, adorados como bons espíritos familiares (lares) através do culto doméstico. Durante as refeições era costume colocar-se também um prato com alimentos diante das estátuas dos lares, cujas imagens era geralmente guardadas em armários especiais.

Na sua estrutura a religião romana era contratual e formal. Contratual, porque as relações entre os deuses e os homens eram baseadas no interesse recíproco: o homem propiciava sacrifícios e recebia favores. Formal, porque admitia a necessidade do mais escrupuloso cuidado com os gestos e palavras que compunham as cerimônias, sob pena de ineficácia.

As relações cada vez mais freqüentes entre romanos e gregos ocasionaram uma completa identificação das divindades de Roma com as helênicas (gregas). Assim, Júpiter (deus de céu e o principal deus de Roma) confunde-se com Zeus; Juno (protetora da família) com Hera; Marte (deus da guerra) com Ares; Minerva (deusa das artes) com Atena; Diana (a Lua) com Artêmis; Liber ou Baco (deus do vinho) com Dionísio; Vênus (deusa do amor e da beleza) com Afrodite.

A Arte Romana

Com a decadência da arte clássica grega, a arte romana emerge a partir do século II a.C. De inspiração etrusca e helenística, aproxima-se mais da realidade que a arte desenvolvida pelos gregos. A arquitetura é o destaque. Os romanos celebram a grandeza do Império com a construção de monumentos e edifícios públicos. Paralelamente, desenvolve-se a pintura mural decorativa em cidades como Pompéia.

O TEATRO

“Panorama Geral”:

Durante o Império (27 a.C.-476), a cena é dominada por exibições acrobáticas e jogos circenses. Também se escrevem tragédias, mas sem a mesma repercussão que na Grécia. Um nome que se destaca é Sêneca (4 a.C.?-65), autor de “Fedra”. O gênero preferido pelos romanos é a comédia. Em linguagem coloquial e, às vezes, grosseira, ela retrata a euforia do Império em expansão. De enredo mais elaborado que o da comédia grega, torna comum o final feliz. Um dos principais autores é Terêncio (195 a.C.?-159 a.C.?), que faz textos voltados para a aristocracia e marcados pela ironia. Outro grande dramaturgo é Plauto (254 a.C.?-184 a.C.?). Os personagens estereotipados desses dois autores originam, mais tarde, os tipos da Commedia Dell''Arte italiana.

Os principais gêneros dramáticos:

ATELLANA (De Atella, cidade osca): simples farsa em um só ato, sempre apresentada com as mesmas personagens (personagens regionais fixos  deu origem, posteriormente, à Commedia Dell’Arte) e onde eram muito presentes as frases grosseiras e obscenas. Consistia em uma sátira que faziam às situações da região.

MIMOS: sem personagens fixas e com temas geralmente tomados da vida urbana, nos quais se ridicularizavam fatos verídicos, mas ou menos recentes. Como na atellana, no mimo era usada uma linguagem rude e freqüentemente imoral.

PANTOMIMA: representação teatral através de mímicas.

SATURA: mistura de canto, diálogo, pantomima e declamação de poesias.

VERSOS FESCENINOS: versos constituídos a partir do diálogo. Eram em sua maioria de caráter erótico e pornográfico e declamados a dois.

Ainda durante a República, a mímica e a pantomima tornaram-se as formas teatrais mais populares. Baseadas nas improvisações e agilidade física dos atores, ofereciam ampla oportunidade para a audaciosa apresentação de cenas imorais e pornográficas.

O desenvolvimento do teatro em Roma se deu por imitação do teatro grego. Durante as guerras de 264-241 a.C., os romanos tiveram contato com o teatro grego através das colônias espalhadas na Itália. Os romanos acrescentaram a Tragédia e a Comédia às suas lutas de gladiadores.
Havia então grandes festivais onde se reuniam lutadores, dançarinos e "atores".

O teatro romano era inteiramente calcado na tradição grega. Seu declínio, que causou um vácuo de quatro séculos na produção teatral, parece ter sido mais significativo para a história da cultura ocidental do que sua própria existência. Uma incipiente tradição teatral, de influência etrusca, já existia na península itálica.

No ano 240 a.C. foi apresentada pela primeira vez uma peça traduzida do grego durante os jogos romanos. O primeiro autor teatral romano a produzir uma obra de qualidade, que estreou em 235 a.C., foi Cneu Nevius. O teatro histórico foi a primeira criação original desse autor, que incorporou a suas peças, mordazes e francas, críticas à aristocracia romana, pelo que parece ter sido preso ou exilado. Talvez em vista dessas circunstâncias, seu sucessor, o grande poeta Quintus Enius, tenha adaptado seu talento às exigências do momento e se dedicou à tradução das tragédias gregas.

Peço desculpa a todos pelo atraso, meu pc cismou em me dar problemas esses dias ¬¬ e sábado que vem continuamos ok? :D.

Fonte: Curso Preparatório para o Exame de Capacitação Profissional – SATED-MG, História do Teatro – Marcelo Carvalho (RPMT: 03832)

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