sábado, 10 de outubro de 2009

A História do Teatro - Parte 6 / Teatro Medieval

Senta que a História ai....




A História do Teatro Parte 6



Teatro Medieval:


Arte medieval

Durante a Idade Média, entre os séculos V e XV, a Igreja Católica exerce forte controle sobre a produção científica e cultural. Essa ligação da cultura medieval com o catolicismo faz com que os temas religiosos predominem nas artes plásticas, na literatura, na música e no teatro. Em todas as áreas, muitas obras são anônimas ou coletivas.

Teatro

Neste período o teatro sofreu perseguições. A Igreja não via com bons olhos a concorrência que os espetáculos, jogos e diversões de toda espécie faziam as festividades religiosas. As atrizes passaram a ser equiparadas às prostitutas... Os “histriões” (comediantes, atores) não podiam receber a comunhão e os padres e leigos estavam proibidos de assistir peças teatrais sob pena de excomunhão (expulsão da Igreja).

A atividade teatral se reduziu a brincadeiras (saltimbancos) na praça e nas feiras, para a diversão do povo.

Mas foi a própria Igreja quem veio a reconhecer a validade do teatro, usando-o para sua pregação.

Assim, surgiram pequenas peças chamadas de “mistérios”, representadas nas portas das Igrejas, lembrando as principais passagens do Evangelho. Lembrança disso são as representações da Paixão...

Apesar de o teatro escrito no modelo greco-romano ser proibido pela Igreja Católica, a manifestação teatral sobrevive no início do período medieval com as companhias itinerantes de acrobatas, jograis e menestréis. A partir do século X, a Igreja adapta-o à pregação católica e às cerimônias religiosas.

Dramas litúrgicos são encenados nas igrejas. Depois se desenvolvem outras formas, como milagres (sobre a vida dos santos), mistérios (discutem a fé e misturam temas religiosos e profanos) e moralidades (questionam comportamentos). As encenações passam a ser ao ar livre por volta do século XII e se estendem por vários dias. Aos poucos, os espectadores assumem papéis de atores, conferindo às apresentações um tom popular. Uma das primeiras obras independentes da liturgia é a francesa Le Jeu d''Adam (1170). Nessa época os textos, em geral, são anônimos. No século XIII, na Espanha, surgem os autos, peças alegóricas que tratam de temas religiosos, encenadas em palcos provisórios. A proibição, pela Igreja, da mistura de temas religiosos com profanos – processo que se consolida no fim do século XIV – provoca o aparecimento das comédias medievais, totalmente profanas. Uma peça importante é Farsa do Mestre Pierre Pathelim, do século XIV, que mostra advogados e juízes como trapalhões sem caráter. Na França, a primeira sala permanente de teatro é aberta no início do século XV. A primeira companhia profissional da Inglaterra é montada em 1493.

O teatro na Idade Média compreendeu o período relativo ao século IX até o século XV, rompeu laços com a cultura Greco-Romana e pode ser classificado como religioso fundamentado no Cristianismo. A intenção do drama litúrgico foi a de mostrar Deus na vida cotidiana, fixando na memória dos fiéis a história sagrada e a vida de Cristo. A religião, dessa forma, uni-se ao Teatro. O objetivo da Igreja e, consequentemente dos padres, era o de salvar almas através do teatro e não o de trazer divertimento e prazer aos indivíduos. As representações eram feitas até mesmo por padres dentro das igrejas. As peças contavam sempre passagens bíblicas ou referiam-se a festas religiosas como Natal, Presépio, entre outras. No objetivo de promover sempre uma salvação da alma.

O afastamento dos padrões clássicos abriu ao teatro novas perspectivas e formas de encenar e interpretar. Suas formas básicas são: Drama Litúrgico, Mistério, Milagre, Moralidade, Laudas, Sotie, Farsa, Sermão Burlesco, entre outros.

Mistério: Episódios da Bíblia, ou seja, representações de episódios pertencentes ao velho e novo testamento. Era longo, durava mais ou menos uma semana. Possuía momentos de descanso para a platéia;

Milagre: Representação de uma história na qual ocorre um milagre no final. Nessa eram retratadas as vidas dos Santos;

Moralidade: Não possuía personagens individualizadas. Eram, na verdade, representações de entidades abstratas com uma lição de moral bem definida. Essa era uma forma de teatro que possuía uma estrutura bem definida e, até mesmo, a mais próxima do Teatro Moderno;

Farsa: Representações que não possuíam nada de litúrgico. Justamente devido a isso eram chamadas de Farsas. Constituía-se na representação de um simples fato com o objetivo de instigar o riso e a crítica. Não possuíam unidade de tempo nem de ação, mas possuía, por menor que fosse, uma unidade filosófica (fundo religioso ou cristão)

A primeira fase desse teatro foi, portanto, puramente litúrgica. Todavia com o passar do tempo as pessoas começaram a sentir a necessidade de um teatro mais vivo e dinâmico. Começaram então a existir representações que aconteciam independente de festas religiosas ou cerimônias.

No século XVI a Igreja sentiu a necessidade de proibir os padres de se exibirem em espetáculos além de proibir representações teatrais em santuários. Em algumas regiões o Cristianismo passou a considerar o Teatro como um inimigo pessoal.

Podemos afirmar que o Teatro Medieval não encontrou uma expressão bem definida embora seu gênero principal fosse a moralidade. Foi um Teatro fraco e voltado para o fracasso.

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Pessoal esse fim de semana consegui deixar tudo mais organizado e sábado que vem continuaremos e sem atrasar ok? =D

Fonte: Curso Preparatório para o Exame de Capacitação Profissional – SATED-MG, História do Teatro – Marcelo Carvalho (RPMT: 03832)

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