quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Semana da Não Violência contra a Mulher



25 de novembro é uma data de grande importância para as mulheres do mundo inteiro, principalmente para as que sofrem ou já sofreram algum tipo de violência, é o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. Na semana do dia 23 até o dia 27 de novembro o Centro de Teatro do Oprimido, por intermédio do Projeto Teatro do Oprimido na Saúde Mental, leva o grupo popular de Teatro do Oprimido GTO Mulheres em Ação para apresentações em Guarulhos, município de São Paulo, da peça de Teatro-Fórum Dança do Casamento. Estas apresentações estão inseridas em evento organizado pela Secretaria da Saúde de Guarulhos junto a Secretaria de Assistência Social e Cidadania.

O GTO Mulheres em Ação é composto por dez usuárias da saúde mental do município de Guarulhos, com idades entre 18 e 60 anos, moradoras do Distrito Dutra Trabalhadores, e que fazem uso de psicotrópicos, geralmente por caso de depressão. O grupo foi criado por Gilmara Azenha, assistente social e multiplicadora do Teatro do Oprimido em Guarulhos, para atender em grupo – como o GTO Mulheres em Ação – os casos de mulheres com transtorno mental, que não são casos para atendimento nos Centro da Atenção Psicossociais (Caps).

Na apresentação de Dança do Casamento – com duração de 60 minutos, classificação livre e entrada franca (grátis) – o grupo vai contar a história real (este caso aconteceu com uma das mulheres do grupo) de uma mulher que sofreu violência doméstica há alguns anos e quando resolveu se separar do marido e procurar ajuda legal, encontrou um sistema despreparado. Ela fica sem ter para onde ir com a filha, já que em Guarulhos não existe abrigo para esses casos, como em outros municípios. Ao procurar a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) numa sexta-feira, no final do dia, também fica sem assistência, uma vez que a DDM só abre de segunda a sexta em horário comercial.

As apresentações da peça Dança do Casamento acontecem nos seguintes locais:

- Dia 23/11 às 9h – Local: Unidade Básica de Saúde (UBS) Uirapuru. Estrada Velha de São Miguel n° 2000.

- Dia 24/11 às 9h – Local: UBS São Rafael. Rua Domingos de Abreu n° 4, Vila São Rafael.

- Dia 24/11 às 14h – Local: UBS Jardim Presidente Dutra. Rua Nova York n° 101, Jardim Pres. Dutra.

- Dia 25/11 às 9h – Local: Escola Municipal Faustino Ramalho. Estrada David Correia s/nº, Recreio São Jorge.

- Dia 26/11 9h – Local: Regional São João. Avenida Coqueiral n° 100, Cidade Seródio.

- Dia 26/11 às 14h – Local: UBS Pimentas. Praça Felício Antonio Alves s/nº, Pimentas.

- Dia 27/11 às 14h – Local: Centro de Integração a Cidadania (CIC). Avenida Capão Bonito n° 64, Pimentas.

Após a apresentação o público participa do Fórum quando os espectadores interessados em discutir a opressão encenada são convidados a trocar de lugar com o protagonista para mostra a sua proposta de levantar melhorias no atendimento de proteção à mulher nas Delegacias de Defesa da Mulher (DDM), fato real enfrentado pelas mulheres, assim ajudando não apenas a personagem oprimida mas também aquele pequeno universo social que ali assiste a apresentação, a identificar alternativas para as opressões vividas no seu cotidiano.

PROJETO TEATRO DO OPRIMIDO NA SAÚDE MENTAL

Coordenado pelo sociólogo Geo Britto, junto a psicóloga Yara Toscano, ambos curingas do Centro de Teatro do Oprimido, o Projeto Teatro do Oprimido na Saúde Mental é uma realização do Centro de Teatro do Oprimido com patrocínio do Ministério da Saúde, por intermédio da Coordenação Nacional de Saúde Mental, e com parceria da Secretaria da Saúde de Guarulhos.

O Projeto visa a capacitação e acompanhamento de profissionais da área de saúde mental do SUS nas técnicas do Teatro do Oprimido, e que tem levado a transformações políticas e a uma relação mais humana entre os pacientes, seus familiares, estes profissionais e a sociedade. Até hoje, mais de 240 profissionais do Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe já foram capacitados e estão aplicando as técnicas do Teatro do Oprimido nos Caps (Centro de Atenção Psicossocial) e em Hospitais (inclusive no Manicômio Judiciário Heitor Carrilho e o Hospital Psiquiátrico de Jurujuba). Cerca de mil pacientes, usuários da saúde mental estão sendo beneficiados por este Projeto. Desde que o Teatro do Oprimido entrou na vida destas pessoas os períodos de depressão diminuíram, a adesão ao tratamento aumentou e a vontade de viver ressurgiu.

Fonte: ctorio.org.br

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