sexta-feira, 10 de junho de 2011

Filme interativo brasileiro permite escolher que personagem você acompanhará



'O Labirinto' te dá até cinco finais diferentes e dezenas de opções de continuação da história

Um grupo de estudantes de Radio e TV da Universidade Estadual Paulista (UNESP) teve uma ideia bem diferente para a realização de seu projeto de conclusão de curso. Depois de assistir uma matéria do Olhar Digital sobre vídeos interativos no YouTube, Bruno Jareta, de 23 anos, e mais cinco amigos - Anderson de Agostino, Laís Gurjão, Natália Torres, Rafael Alves e Octávio Nascimento Neto -, decidiram criar um filme em que o próprio espectador escolhe qual trecho do vídeo quer ver.

A ideia é simples de entender, mas não de produzir. O grupo escreveu o roteiro de um filme que se passa dentro de um labirinto e, para entender o que vai acontecer com as pessoas que estão lá dentro, é necessário escolher qual personagem você quer acompanhar. "A diferença de O Labirinto para os outros vídeos interativos é que a pessoa escolhe o que quer ver e não escolhe o final como estamos acostumados a ver em vídeos neste formato", comenta Bruno.

O filme interativo pode ser visto no YouTube e o primeiro minuto da história é igual para todos. O legal é que, ao final dessa primeira parte, quatro opções são apresentadas, sendo possível continuar a ver o filme apenas com alguns dos personagens. O enredo, então, vai seguindo desta maneira, com pequenos trechos seguidos de opções de continuação da história. "Existem cinco finais diferentes que podem ser atingidos por meio de diversas opções de trechos no meio da história", conta o roteirista do filme.

Segundo Bruno, publicar o filme neste formato só foi possível porque o YouTube disponibilizou, no fim do ano passado, uma ferramenta que permite postar vídeos e deixá-los não-listados. Dessa forma, Bruno publicou apenas o trecho inicial do filme, e os outros vídeos que foram linkados ao primeiro ficavam "escondidos". "O bom é que assim, ninguém consegue buscar os vídeos intermediários direto pelo YouTube, é necessário passar pelo primeiro trecho sempre", explica. No entanto, se alguém mandar o link do trecho intermediário, é possível assistir sem passar pelo primeiro trecho, mas Bruno conta que deixou, publicado em cada vídeo, o link explicando que, para entender a trama, é necessário assistir ao primeiro trecho.

Na banca de apresentação do trabalho de conclusão de curso, o grupo também quis criar uma experiência diferente para os professores e alunos que estavam assistindo. Surgiu a ideia, então, de fazer uma votação coletiva. "Colocamos 30 computadores na sala e todos viram o primeiro filme. Na hora de optar entre os quatro novos trechos de continuação, um software liberava a votação para cada um dos computadores. O trecho que tivesse mais votos era o que passaríamos", lembra.

Bruno disse que foi muito divertido ver a reação das pessoas, pois 'O Labirinto' foi feito para ser visto sozinho, já que a escolha dos trechos dependeria somente de uma pessoa. Mas, com a votação coletiva, rolou uma interação maior entre as pessoas e até frustração pelo fato do filme escolhido por todos não ter sido o mesmo que uma pessoa específica queria ver. "Ouvimos muitas pessoas dizendo que não viam a hora de chegar em casa para ver as outras opções", conta.

O grupo garante que, mais do que a história e a atuação (que deixa um pouco a desejar), o que cativou o público foi o formato inovador de assistir o filme. Eles gastaram cerca de R$ 3.000 na produção e já estão colhendo frutos. Uma mostra internacional de filmes interativos de Brasília os convidou a participar do evento. "Nossa ideia é divulgar o filme e, com o sucesso do primeiro 'O Labirinto', fazermos uma nova versão com novos personagens e até disponibilizar o formato para outras plataformas como smartphones ou tablets" concluiu.

Apesar do curso ser focado em rádio e televisão, Bruno disse que a ligação do grupo com a tecnologia é forte, pois a UNESP direciona as aulas para duas vertentes: criação de narrativa/conteúdo e formato/tecnologia. "Usamos um pouco das duas coisas no filme, mas acredito que o que chamou a atenção foi o formato. Teve gente que até sugeriu fazermos uma versão linear, mas achamos que acabaria com a graça porque não é só a história que instiga, mas a forma como propomos assisti-la", completa.

Se você ficou curioso para entrar nesse labirinto de história, assista ao vídeo abaixo e faça suas escolhas. Caso tenha curiosidade, volte ao início e recomece a história passando por outras opções de caminhos alternativos. Mas, lembre-se: separe pelo menos 1h30 para descobrir tudo o que acontece no filme.

Para saber mais sobre vídeos interativos, clique aqui e assista à matéria que inspirou o grupo a criar o projeto.

Mais Infos:

Site: www.olabirinto.com
Blog:blog.olabirinto.com
Facebook:O Labirinto - filme interativo
Twitter: twitter.com/O_Labirinto



Fonte: Olhar Digital

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